sábado, 30 de julho de 2011

As pessoas Portadoras de Necessidades Especiais Sob A luz Da Hermenêutica Filosófica Heideggeriana.


Heidegger fala do Dasein,o ser que está aí, levando-nos a refletir sobre o papel que desempenhamos na sociedade, o que nos move , paraliza, sensibiliza, ou então nos mantém estagnados.Qual o sentido que damos a nossa liberdade física, psiquica ou sensorial?
Nascemos e crescemos achando que ''perfeição'' é o que dá o sentido real de nossa existência. Mas afinal o que é perfeição? Depende do sentido que damos a ela.
Eu posso ser um perfeito atleta em uma cadeira de rodas ,me graduar sem nunca ter ouvido o som das palavras,somente lendo as mãos das pessoas,ou defender uma causa inocentando ou não alguém usando os olhos das minhas mãos. O sentido da existência humana está em perceber que todos, sem excessão, poderemos um dia desempenhar um outro papel, o de pessoa com deficiência.

sábado, 23 de julho de 2011

Universidade do Contestado – UnC Campus de Concórdia
Licenciatura em Educação Especial
PARFOR
Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica

Disciplina Fundamentos da Educação Especial
Profª Ivete Maria Michelon
Acadêmica: Alex Madruga da Rosa Sbaraini

Convivendo com as deficiências

Trabalho realizado com a turma do 4º ano, no dia 12 e 13 de julho de 2011

Após uma breve fala sobre o objetivo do desenvolvimento do trabalho, expliquei como se realizariam as atividades.
A turma composta por dezenove alunos foi dividida em três grupos. O primeiro ficaria com a deficiência física, o segundo com a deficiência visual e o terceiro grupo com a deficiência auditiva.
O primeiro grupo teria que conduzir um dos membros no pátio da escola, banheiro e ir ao piso seguinte, identificando as dificuldades que o cadeirante enfrentaria em nossa escola ou em outros locais.
O segundo grupo teria que conduzir um’’ cego ‘’, ou um aluno vendado no caso. A exemplo do primeiro grupo, eles fariam o mesmo trajeto, o pátio da escola, banheiro e tentar chegar ao segundo piso da mesma. E igualmente observando os obstáculos a serem superados por um cego, nesse ou em outro espaço.
Retornando à sala de aula, nesse primeiro dia, questionei ambos os grupos sobre o que e como se sentiram nessa experiência.
A resposta foi unânime ‘’ser cego é bem mais difícil do que ser cadeirante’’.
Quanto às mudanças necessárias na escola eles perceberam a falta da rampa que lhes permitiria ir até o segundo piso, até tentaram carregar o aluno ‘’cadeirante’’, mas logo se frustraram. No banheiro não foi diferente, eles apontaram a necessidade das adaptações, ou seja, portas mais larga, barras de proteção e até mesmo a dificuldade de manuseio do cadeirante no vaso sanitário.
Com o grupo da deficiência visual, houve relatos de medo e insegurança tanto dos condutores como dos conduzidos, especialmente ao subir e descer as escadas. Também no banheiro, as dificuldades em não haver barras de proteção.
No dia seguinte, o grupo da deficiência auditiva experimenta a sensação de estar de ouvidos tapados. Dois alunos um bem aos fundos e outro mais ao centro da sala de aula, estavam com tampões. Eu com um livro andava pela sala, lendo e conversando com os demais
Logo após tirei-lhes os tampões então perguntei se haviam me ouvido, a resposta foi não e que era muito ruim quando a professora andava pela sala.
Para concluir li o livro Um mundinho para Todos, da autora Ingrid Biesemeyer Bellinghausen, onde fala das três deficiências trabalhadas em sala.
Depois cada aluno recebeu um coração e deveriam escrever o que desejavam para o ''mundinho''



sábado, 2 de julho de 2011

O mundinho da Diversidade

Nesse mundinho da diversidade onde todos somos únicos ,estamos rodeados por outros seres também únicos. E nem sempre nos permitimos olhar para o outro exatamente como ele é.
A escola faz parte desse mundinho , funcionando como a sala de recepção , dando ou tirando oportunidades de sermos simplesmente nós mesmos.
A escola necessita urgentemente abrir as portas da sala de estar à todos, sem diferença , precisa quebrar os grilhões do preconceito, da padronização, da homogeneidade. Ora se somos únicos como poderemos ser vistos da mesma forma no processo de ensino-aprendizagem?
Cada um tem seu tempo na aquisição da linguagem, nos primeiros passos...enfim...
O que dizer das pessoas com deficiência ao chegar na recepção (escola) da sociedade?Quem vem recebê-los?Ou simplesmente ficam ali aguardando um boa alma que os conduza?
Infelizmente em muitas escolas isso acontece, falta vontade. Se a escola contar com um professor contratado para trabalhar com esse(s) aluno(a), esse passa a ser tratado como seu, e não mais aluno da escola. Então são dois excluídos :professor e aluno.
O mundinho da diversidade pede socorro, respeito , chega de preconceito e que vivamos em sintonia com a criação do jeito que somos.

O HOMEM DA ORELHA VERDE

O HOMEM DA ORELHA VERDE


Um dia num campo de ovelhas
Vi um homem de verdes orelhas

Ele era bem velho, bastante idade tinha
Só sua orelha ficacará verdinha

Sentei-me então a seu lado
A fim de ver melhor, com cuidado

Senhor, desculpe minha ousadia, mas na sua idade
de orelha tão verde, qual a utilidade?

Ele me disse, já sou velho, mas veja que coisa linda
De um menininho tenho a orelha ainda

É uma orelha- criança que me ajuda a compreender
O que os grandes não querem mais entender

Ouço a voz de pedras e passarinhos
Nuvens passando , cascatas e riachinhos

Das conversas de crianças, obscuras ao adulto
Compreendo sem dificuldade o sentido oculto

Foi o que o homem de verdes orelhas
Me disse no campo de ovelhas .


Gianni Rodari