segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vencedores


Nosso Brasil acaba de conquistar o Parapan americano de Guadalajara, no México. Isso vem para nos reafirmar do quanto somos capazes enquanto brasileiros e termos sido tão maravilhosamente representados por essas pessoas nos dá ainda mais a certeza de que tudo vale a pena , basta querer.
Pois enquanto algumas pessoas ficando reclamando do que não tem , esses atletas se superaram com o que lhes foi dado.
É importante que as pessoas olhem para quem tem qualquer deficiência vendo o que elas tem e não o que lhes falta.
Todo o ser humano dia menos dia apresentará alguma deficiência, porém nos nossos dias é visivelmente triste perceber que muitos vivem deficientemente o seu dia a dia. Disperdiçando seus pensamentos arquitetando fofocas e maldades, ou ainda utilizando suas pernas e braços chutando ou atirando pedra no seu semelhante ou tapando suas orelhas à quem lhes implora uma oportunidade.
Que esse parapan, nos motive a olhar, ouvir, tocar, falar e caminhar na direção de uma vida com menos vãs reclamações , não olhando para trás mas sim para os lados.

domingo, 11 de setembro de 2011

A Luta de um Povo

Você conhece esse monumento?


Ele é o símbolo da saga da guerra do Contestado, que custou a vida de milhares de pessoas,deixando um rastro de sangue, dor, fome.
São mãos que saem da terra segurando a cruz ,repletas de bala das armas dos soldados, que cravejaram famílias inteiras.
Muitos de nós não tem o mínimo conhecimento do que foi essa guerra, ou o que nos foi passado é um lado da moeda. Porém quando pisamos nessa terra podemos sentir os gemidos das pessoas que ali batalharam na defesa de suas terras.
Alguém imagina que essa luta em determinado momento foi liderada por duas bravas mulheres?
A guerreira Francisca Roberta e a bela vidente Maria Rosa.
Quem já assistiu o filme O PIANISTA, fica indiginado com as atrocidades cometidas, mas quem pisa nessa terra que foi manchada de sangue, sente que é preciso conhecer o que aconteceu em nossa terra, que as pessoas nos antecederam foram guerreiros e morreram com dignidade, lutando pelo o que é seu.
E todo esse sangue derramado poderia ter sido evitado se não fosse a ganância dos poderosos, que simplesmente não mediu consequencias.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Universidade do Contestado – UnC Campus de Concórdia
Licenciatura em Educação Especial
PARFOR - Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica

Disciplina Fundamentos da Educação Especial
Profª Ivete Maria Michelon
Acadêmica: Marcia Tania Schenkel Salvi

Este trabalho foi realizado com as turmas 1ºP e 2ºP do Ensino Médio da Escola Municipal Valentin Bernardi de Itá, no dia 15 de julho de 2011.

No 1ºP – 1ª série do EM – trabalho a disciplina de Filosofia e o conteúdo em estudo era Liberdade e Determinismo.

No 2ºP – 2ª série do EM – trabalho a disciplina de sociologia e o conteúdo em estudo é cultura.

Pela Professora Marcia Tania Schenkel Salvi

Nas duas turmas encaminhou-se as atividades da seguinte forma:

- Apresentou-se aos alunos o livro “Um mundinho para todos”, lendo-o, relacionando-o com o conteúdo em estudo. Conversou-se sobre o assunto.

- Em seguida explicou-se a atividade de vivência – experiência:

- Formou-se 6 grupos: 2 com deficiência física, 3 com deficiência visual, 1 com deficiência auditiva. Ambos se organizaram, colocando as vendas, o tampão e se acomodando nas cadeiras de roda, orientei-os quanto a condução das pessoas, uso dos equipamentos, cuidados para garantir a segurança.

- Em seguida atribui-se as tarefas que todos deveriam cumprir: - ir até a biblioteca, trocar as pessoas (com as vendas, da cadeira de roda e tampão), seguir até o ginásio, trocar novamente, ir à secretaria conversar com a diretora e voltar para a sala.

- No inicio houve algumas resistências, mas assim que a atividade iniciou todos se envolveram com entusiasmo, responsabilidade e seriedade. (fotos em anexo)

- No retorno conversamos sobre a experiência, onde relataram as sensações, as angustias, a insegurança. Fizeram ainda observações com relação a necessidade de construção de uma cultura que valorize as diferenças, que a liberdade pode ser limitada por determinações da natureza - deficiências, enfim fizeram relatos aos quais solicitei que registrassem no papel e entregassem.

Registro de sensações dos alunos do 1ºP:

- A angustia de vê-los sem poder fazer nada e imaginar a dificuldade que cada um tem com cada situação.

- Apesar de não termos vivenciado a experiência de uma pessoa com deficiência, conseguimos perceber sua angustia, medo, insegurança,perante as situações de risco.

- Eu senti vivenciando através de uma pequena experiência, como a pessoa com deficiência visual lida com as coisas simples do seu cotidiano, senti insegurança, pois não é muito fácil confiar nas outras pessoas, medo, temor, a possibilidade de machucar-se, Mas pude perceber também, que mesmo com uma deficiência ou necessidade especial, tendo boa convivência com as pessoas e apoio podem ser tão felizes como os demais.

- Minha sensação foi de tristeza, desanimo, por não poder escutar os amigos, poder só me comunicar através de gestos. Com esta atividade eu pude sentir a sensação de uma pessoa com deficiência auditiva, gostei muito de participar.

- Vendo os outros naquela situação, percebemos que o modo diferente com que eles vêem a vida, a dificuldade com que precisam superar seus limites, encarar os obstáculos que a vida propõe. Nessa hora a angustia e o medo substituem a vontade de ser feliz, mas o apoio dos amigos e familiares pode mudar tudo isso, e a vida ter uma cara diferente.

- Você precisa ter segurança no guia. No inicio a sensação é de insegurança, mas depois você confia no guia. No entanto, também é ruim porque você as vezes tem noções erradas do lugar onde está. Você tenta tatear a sua volta inicialmente, depois começa perceber que é melhor prestar atenção nos sons e no ambiente em si.

- Fiquei triste, por ver todos falando e não poder participar da conversa.

- Eu senti angustia, mas ao mesmo tempo uma lição de vida, coragem e esperança, não apenas pela pessoa com deficiência, mas também da pessoa que a auxilia, e que com algumas dificuldades, pode ser feliz.

- Percebi que ela teve dificuldades ao subir e descer degraus, tinha uma certa dificuldade em acreditar na pessoa que a guiava.

- Eu senti medo, angustia, vontade de tirar a venda, dificuldade em caminhar, vontade de ver as coisas e poder dar risada.

- Tive a experiência de ser cadeirante por alguns minutos. Nesses minutos, tive dificuldades em subir escadas, em muitas vezes, tive que pedir ajuda.

- Deve ser muito estranho... nossos colegas serem vendados os olhos, até cadeirantes, dá uma angustia e ao mesmo tempo medo, pelo fato da pessoa com deficiência poder cair, se machucar. E não deve ser legal pelo fato de não poderem fazer o que fazemos.

- Sentimos medo, angustia, insegurança, desconfiança no guia e dificuldade...

- Sendo guia de alguém que não vê foi uma sensação enorme... de que você é muito importante..., que a pessoa que você está conduzindo depende totalmente de você, e também de que é muito ruim se colocar no lugar de quem não vê, só de pensar é uma sensação angustiante.

- É algo realmente difícil, muitos obstáculos pelo caminho. Parecia impossível, mas devagar conseguimos. Eu imagino um cadeirante, quando está sozinho, tem que ter muita força e boa coordenação para passar por obstáculos, como degraus, subidas, descidas, morros acidentados.

- A sensação é de estar perdido, sem a menor noção do espaço.

- A sensação não é boa nem para quem conduz o cego e muito menos para ele. Foi uma experiência boa para descobrir como a vida do cego é sofrida.

- Pela primeira vez foi muito interessante para mim, mas para o cego existe muitas dificuldades.

Registro de sensações dos alunos do 2ºP:

- Sabemos da dificuldade das pessoas, mas isso vai alem dos nossos pensamentos. A dificuldade das pessoas com deficiência, físico, visual ou auditivo é enorme.

- É muito tenso, a dificuldade é enorme, de se lidar com a pessoa que tem a deficiência.

- Dificuldades principalmente em se locomover em locais com muitas pessoas.

- Dificuldade principalmente para descer degraus e se locomover em locais apertados e com circulação de público.

- Dificuldades em escadas, lugares esburacados, medo de se machucar, cair de algum lugar, angustia de estar em uma cadeira de roda.

- Participei da experiência da deficiência visual. A sensação é de medo, apesar de um guia, há muitos obstáculos. A dificuldade de subir e descer escadas é grande. A dificuldade de passar em locais estreitos e portas.

- Está experiência foi muito importante para termos a sensação da dificuldade, medo que sentimos ao passar por obstáculos.

- Foi uma experiência muito boa, pois nos colocamos no lugar das pessoas com alguma deficiência, vimos e enfrentamos muitos desafios, como escadas...etc... Foi muito legal.

- Nós sentimos dificuldades de ambos as partes, tanto as pessoas com deficiência quanto os guias.

- Meu colega teve muita dificuldade, pois não sabia o que fazer. É muito difícil. Tem-se dificuldade em andar, entrar nas salas de aula e ir à algum lugar.

- Eu como DV fiquei com muito medo de tudo o que acontecia ao meu redor, não sabia aonde estava e era tudo estranho por mais que eu passasse todo o dia por esses caminhos.

- Medo e angustia!!!

- Senti muito medo ao subir e descer escadas, dificuldades ao beber água nos bebedouros.

Além disso percebeu-se que a atividade chamou a atenção de diversos setores da escola, fazendo com que se reflita sobre a situação, adaptação e inclusão dos alunos com deficiência da e na escola.

Agradeço a direção, aos alunos pelo apoio. Marcia

FOTOS DA ATIVIDADE VIVÊNCIAS NA ESCOLA MUNICIPAL VALENTIN BERNARDI DE ITÁ

sábado, 30 de julho de 2011

As pessoas Portadoras de Necessidades Especiais Sob A luz Da Hermenêutica Filosófica Heideggeriana.


Heidegger fala do Dasein,o ser que está aí, levando-nos a refletir sobre o papel que desempenhamos na sociedade, o que nos move , paraliza, sensibiliza, ou então nos mantém estagnados.Qual o sentido que damos a nossa liberdade física, psiquica ou sensorial?
Nascemos e crescemos achando que ''perfeição'' é o que dá o sentido real de nossa existência. Mas afinal o que é perfeição? Depende do sentido que damos a ela.
Eu posso ser um perfeito atleta em uma cadeira de rodas ,me graduar sem nunca ter ouvido o som das palavras,somente lendo as mãos das pessoas,ou defender uma causa inocentando ou não alguém usando os olhos das minhas mãos. O sentido da existência humana está em perceber que todos, sem excessão, poderemos um dia desempenhar um outro papel, o de pessoa com deficiência.

sábado, 23 de julho de 2011

Universidade do Contestado – UnC Campus de Concórdia
Licenciatura em Educação Especial
PARFOR
Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica

Disciplina Fundamentos da Educação Especial
Profª Ivete Maria Michelon
Acadêmica: Alex Madruga da Rosa Sbaraini

Convivendo com as deficiências

Trabalho realizado com a turma do 4º ano, no dia 12 e 13 de julho de 2011

Após uma breve fala sobre o objetivo do desenvolvimento do trabalho, expliquei como se realizariam as atividades.
A turma composta por dezenove alunos foi dividida em três grupos. O primeiro ficaria com a deficiência física, o segundo com a deficiência visual e o terceiro grupo com a deficiência auditiva.
O primeiro grupo teria que conduzir um dos membros no pátio da escola, banheiro e ir ao piso seguinte, identificando as dificuldades que o cadeirante enfrentaria em nossa escola ou em outros locais.
O segundo grupo teria que conduzir um’’ cego ‘’, ou um aluno vendado no caso. A exemplo do primeiro grupo, eles fariam o mesmo trajeto, o pátio da escola, banheiro e tentar chegar ao segundo piso da mesma. E igualmente observando os obstáculos a serem superados por um cego, nesse ou em outro espaço.
Retornando à sala de aula, nesse primeiro dia, questionei ambos os grupos sobre o que e como se sentiram nessa experiência.
A resposta foi unânime ‘’ser cego é bem mais difícil do que ser cadeirante’’.
Quanto às mudanças necessárias na escola eles perceberam a falta da rampa que lhes permitiria ir até o segundo piso, até tentaram carregar o aluno ‘’cadeirante’’, mas logo se frustraram. No banheiro não foi diferente, eles apontaram a necessidade das adaptações, ou seja, portas mais larga, barras de proteção e até mesmo a dificuldade de manuseio do cadeirante no vaso sanitário.
Com o grupo da deficiência visual, houve relatos de medo e insegurança tanto dos condutores como dos conduzidos, especialmente ao subir e descer as escadas. Também no banheiro, as dificuldades em não haver barras de proteção.
No dia seguinte, o grupo da deficiência auditiva experimenta a sensação de estar de ouvidos tapados. Dois alunos um bem aos fundos e outro mais ao centro da sala de aula, estavam com tampões. Eu com um livro andava pela sala, lendo e conversando com os demais
Logo após tirei-lhes os tampões então perguntei se haviam me ouvido, a resposta foi não e que era muito ruim quando a professora andava pela sala.
Para concluir li o livro Um mundinho para Todos, da autora Ingrid Biesemeyer Bellinghausen, onde fala das três deficiências trabalhadas em sala.
Depois cada aluno recebeu um coração e deveriam escrever o que desejavam para o ''mundinho''



sábado, 2 de julho de 2011

O mundinho da Diversidade

Nesse mundinho da diversidade onde todos somos únicos ,estamos rodeados por outros seres também únicos. E nem sempre nos permitimos olhar para o outro exatamente como ele é.
A escola faz parte desse mundinho , funcionando como a sala de recepção , dando ou tirando oportunidades de sermos simplesmente nós mesmos.
A escola necessita urgentemente abrir as portas da sala de estar à todos, sem diferença , precisa quebrar os grilhões do preconceito, da padronização, da homogeneidade. Ora se somos únicos como poderemos ser vistos da mesma forma no processo de ensino-aprendizagem?
Cada um tem seu tempo na aquisição da linguagem, nos primeiros passos...enfim...
O que dizer das pessoas com deficiência ao chegar na recepção (escola) da sociedade?Quem vem recebê-los?Ou simplesmente ficam ali aguardando um boa alma que os conduza?
Infelizmente em muitas escolas isso acontece, falta vontade. Se a escola contar com um professor contratado para trabalhar com esse(s) aluno(a), esse passa a ser tratado como seu, e não mais aluno da escola. Então são dois excluídos :professor e aluno.
O mundinho da diversidade pede socorro, respeito , chega de preconceito e que vivamos em sintonia com a criação do jeito que somos.

O HOMEM DA ORELHA VERDE

O HOMEM DA ORELHA VERDE


Um dia num campo de ovelhas
Vi um homem de verdes orelhas

Ele era bem velho, bastante idade tinha
Só sua orelha ficacará verdinha

Sentei-me então a seu lado
A fim de ver melhor, com cuidado

Senhor, desculpe minha ousadia, mas na sua idade
de orelha tão verde, qual a utilidade?

Ele me disse, já sou velho, mas veja que coisa linda
De um menininho tenho a orelha ainda

É uma orelha- criança que me ajuda a compreender
O que os grandes não querem mais entender

Ouço a voz de pedras e passarinhos
Nuvens passando , cascatas e riachinhos

Das conversas de crianças, obscuras ao adulto
Compreendo sem dificuldade o sentido oculto

Foi o que o homem de verdes orelhas
Me disse no campo de ovelhas .


Gianni Rodari

domingo, 12 de junho de 2011

mariloiva tecnologia na educaçao

devemos nos adaptar a uma nova realidade escolar onde as tecnologias vem a nos beneficiar,devemos nos atualizar procurar informaçoes buscar conhecimento para repassar aos nossos alunos,chegam na escola cheios de informaçoes vivem uma realidade de tecnologia cada vez mais avançada

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O QUE QUEREMOS ? Ficar fora do fogo ou nos queimarmos nas chamas da vida para de fato vive-la.

Standing Outside The Fire
We call them cool
Those hearts that have no scars to show
The ones that never do let go
And risk the tables being turned

We call them fools
Who have to dance within the flame
Who chance the sorrow and the shame
That always comes with getting burned

But you've got to be tough when consumed by desire
'Cause it's not enough just to stand outside the fire

We call them strong
Those who can face this world alone
Who seem to get by on their own
Those who will never take the fall

We call them weak
Who are unable to resist
The slightest chance love might exist
And for that forsake it all

They're so hell-bent on giving ,walking a wire
Convinced it's not living if you stand outside the fire

Standing outside the fire
Standing outside the fire
Life is not tried, it is merely survived
If you're standing outside the fire

There's this love that is burning
Deep in my soul
Constantly yearning to get out of control
Wanting to fly higher and higher
I can't abide
Standing outside the fire

Standing outside the fire
Standing outside the fire
Life is not tried, it is merely survived
If you're standing outside the fire

Standing outside the fire
Standing outside the fire
Life is not tried, it is merely survived
If you're standing outside the fire


TRADUÇAO

Ficar Fora Do Fogo
Chamamos de legais
Os corações que não têm cicatrizes para mostrar
Os que nunca se abalam
E que arriscam virar o jogo

Chamamos de bobos
Os que têm que dançar na fogueira
Que arriscam a dor e a vergonha
Que sempre vem e se ferem

Você tem que ser forte quando consumido pelo desejo
Porque não basta ficar fora do fogo

Chamamos de fortes
Aqueles que encaram o mundo sozinhos
Que parecem se dar bem sozinhos
Aqueles que nunca cairão

Chamamos de fracos
Os que não sabem resistir
A mínima chance de o amor existir
E por isso abandonam tudo

São tão determinados a correr o risco
Convencidos de que não é viver se você ficar fora do fogo

Ficar fora do fogo
Ficar fora do fogo
Não se experimenta a vida, apenas sobrevive
Quando se fica fora do fogo

Tem um amor queimando
Na minha alma
Constantemente ansiando perder o controle
Querendo voar cada vez mais alto
Não posso tolerar
Ficar fora do fogo

Ficar fora do fogo
Ficar fora do fogo
Não se experimenta a vida, apenas sobrevive
Quando se fica fora do fogo

Ficar fora do fogo
Ficar fora do fogo
Não se experimenta a vida, apenas sobrevive
Quando se fica fora do fogo

sábado, 4 de junho de 2011

Qual é o seu espelho?

Qual é o seu espelho?

Autoria: Mariloiva da Silva

Muitas vezes, temos medo de tudo. Não sabemos como agir diante das dificuldades. Nosso dia a dia é corrido, não temos tempo para nada, nossa vida passa muito rápido; não sabemos quem somos, porque estamos sempre correndo ,nos preocupamos com o que os outros vão pensar da gente. Queremos ser sempre aprovados ou por ter roupas de marca, carro do ano, dinheiro no banco... Como se tudo isso valesse a pena...

Vivemos numa sociedade hipócrita, onde ter é melhor que ser. Esquecemos do nosso interior, para onde não olhamos, o que o espelho não nos reflete.

É preciso reconhecer que nossos pensamentos são confusos, pois a guerra está dentro de nós, onde podemos tomar nossas próprias decisões sem ter medo de quem somos e não do que temos. Assim, afinal, eu saberei quem realmente sou e o que realmente eu quero ser. Para isso, basta olhar sempre na minha direção e me ver e me reconhecer , sem medo de ser feliz.

Leitura comparativa de dois contos

Universidade do Contestado – Campus de Concórdia

Licenciatura em Educação Especial – PARFOR – Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica

Disciplina: Português

Profª Elvira da Silva Lima

Autoria: Acadêmica Alex Sbaraini

Espelhos: uma reflexão sobre o bem e o mal

Ao analisar o conto O espelho, de Machado de Assis, e o conto O espelho de João Guimarães Rosa, percebe-se que os textos conduzem o leitor a um olhar questionador de quem somos, há uma procura da identidade, do ser interior, uma inquietação. Buscam promover uma reflexão de como acontecem as ações humanas, espiritualmente e socialmente.

Machado enfatiza e ironiza as relações sociais, destacando a angústia entre o ser interior e o ser exterior. Fala da humanidade que constrói valores alicerçados sobre uma farda movediça.

Já Guimarães Rosa fala mais diretamente da imagem que o espelho reflete: agradável ou não. E do quanto isso nos leva à loucura, aponto do autor não conseguir ver ‘’seus próprios olhos no espelho. ’’

Também se dirige ao leitor como ‘’senhor’’ num complexo monólogo, expondo sua experiência psicológica. A princípio frustrante e tempos depois gratificante.

E com certeza ambos não chegaram a uma resposta definitiva para as suas perguntas. Por quê? Ora o ser humano está em constante transformação, que se dá num campo de batalha entre o bem e o mal, refletindo diretamente no espelho da alma.

A capacidade de manipular, argumentar e convencer faz parte da humanidade independente da época em que vivemos. Ou seja: o que nos relatam os autores é algo bem atual latente na sociedade mundial, que também carece da procura do reflexo real diante do espelho.



Resenha crítica

Universidade do Contestado – Campus de Concórdia

Licenciatura em Educação Especial – PARFOR – Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica

Disciplina: Português

Profª Elvira da Silva Lima

Autoria: Acadêmica Eliane da Silva Dias Pilger

Reflexão da alma humana na sociedade

Partindo da reflexão de como nos vemos diante do espelho, vou tecer uma síntese acerca de duas obras intituladas como O espelho.

Na obra escrita por Machado de Assis, Jacobina descobre suas almas: a interior e a exterior, ao se desvendar através dos traços mostrados pelo espelho. Via a si próprio como um ser atordoado por uma alma simples e que não conseguia se assumir como o cargo de Alferes lhe exigia.

Era muito bem tratado pela tia e pelos escravos até o dia em que ficou só e ao deparar-se com o espelho nada viu além de traços e sombras, pois esta era a sua essência. No entanto, ao se postar diante do espelho com a farda de alferes sua alma enalteceu-se, pois este era o seu verdadeiro eu. Descobrir sua alma interior e exterior não o fez grande, apenas delimitou a experiência de um momento, em que pode se conhecer.

Na obra de João Guimarães Rosa, o espelho ganha outra função. O espelho diz à pessoa que se reflete nele se ela é boa ou má. O personagem central relata ter visto diante do espelho um monstro, que certamente estava interiorizado em si, no entanto assim não se considerava.

Ao mesmo tempo em que se julgava um monstro, um ser sem sentimentos, ao comparar-se com um animal, escolheu a onça, animal este admirado por sua valentia, pois era assim que se considerava: um valente; apesar do espelho lhe mostrar um monstro. O reflexo do espelho nada mais era do que sua alma. Ao reconstruir sua alma, o homem olhou no espelho e não viu nada além de um campo...

Com a experiência conseguiu moldar seu interior, para finalmente se ver diante do espelho, vislumbrar os traços reais que marcavam seu corpo desprovido de maldades ou de um ser vazio.

Ambos os autores buscam explicitar que o homem ao se olhar no espelho descobre a sua alma e suas implicações diante da sociedade.

Hoje somos seres alienados por uma sociedade capitalista ao extremo. Somos apenas reflexo do que vivemos e sentimos, refletimos o que vemos no espelho social sem questionar, pois só assim somos aceitos.